A relação da escola com a tecnologia nunca esteve totalmente isenta de polémicas e conflitos. E hoje, as novas tecnologias digitais, com a multiplicação de ecrãs a invadir o quotidiano das crianças, a abrir outras janelas — infinitamente mais sedutoras e mais difíceis de controlar —, que afectam a sua percepção do mundo e, desde logo, o modo como acedem ao conhecimento, os conflitos agudizam-se: «Antigamente os livros exigiam uma abordagem linear, hoje-em-dia exploramos os conteúdos através de um sistema arborescente de ligações hipertextuais que podem encorajar-nos a vaguear em vez de aprofundar um assunto. (...) E mesmo que a aquisição de conhecimentos pudesse ser afectada pelo tédio, desistência ou distracção, estava sujeita a uma “ordem da razão” (...): do mais simples para o mais complexo. Hoje a exploração faz-se através de um sistema de ricochetes permanentes, deixado em grande parte à iniciativa do utilizador» [5], que lhe dá uma falsa sensação de controlo do processo de exploração. Afastar as crianças dos ecrãs seria, neste sentido, a conclusão lógica. E, no entanto…Continuar a ler >>>
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